sexta-feira, 20 de novembro de 2009

ESCOLHAS...



Já não és mais como antes
Agora já sabes a escolha que deves fazer
Só não entendes como o mundo pôde se tornar tão vil

Sabes que terás que escolher
Só não acreditas que as coisas chegaram a esse ponto

Como coisas tão pequenas fazem tanta diferença!
Como podem se tornar o céu, ou num inferno!
Como o vício das gargalhadas pode ser tão sem alegria!
Como uma amizade pode se tornar num jogo!

É preciso dizer "adeus" antes que se perca totalmente
Veja só, não querem ir para onde vais
Correrás por eles em vão

Agora estas sozinho com sua decisão
Agora está você e...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

TE ESPERO, VEM!



Vem! Que eu já estou bem perto!
Não há nada estranho entre nós, está tudo certo
Vem, que estou a te esperar
Naquele mesmo lugar onde te encontrei

Vem, mas não brigue por nada
Nem por coisas sérias nem coisas quaisquer
Vem, pois, coisas são apenas coisas
E não vale a pena brigar por elas

Vem, que meus braços te quer bem aqui
Vem, que com você é para onde quero ir
Esqueça as bagagens, todas a peças de roupa
A gente se vira por aí, vem, mas vem inteira

Estou aqui naquela mesma estação onde te vi pela primeira vez
Vem, que eu te espero, com coração sincero, te espero
Por favor, vem! Está frio aqui
Preciso de você

Vem, que o cinza está ficando cada vez mais forte
Vem, que o inverno fica cada vez mais intenso
Vem, pois, os trilhos não trazem nada há muito tempo
Vem, pois, eu te chamo, vem!

Vem, que tenho pressa em viver
Não como se diz viver por aí
Vem, que quero fazer esse caminho com você
À margem de tudo quanto já vimos

Vem, que o Sol está forte lá fora
E só posso chegar até lá por você
Vem, que a escuridão mora dentro
De quem só contempla o amanhecer

Vem, pois, parece não haver viagens à outro lugar
Vem, apenas, vem! Sem motivo algum
Sem razão alguma
Vem, eu te chamo, vem!
Por favor, eu te peço: Vem!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O PRAZER DAS PEQUENAS COISAS



São pequenas coisas negativas que nos atingem, que nos destroem; é que não entendemos que são de pequenas coisas que é feita a vida. Foi por buscar coisas grandes demais, buscar coisas elevadas demais que descobri que as coisas grandes, seja lá o que isso signifique para cada um individualmente, não passam de meras distrações, as coisas mais belas estão nas pequenas coisas, e é nelas que a vida se sustenta, quem não enxergar isso viverá numa eterna procura ao "sentido da vida". Estou certo de que o prazer está nas coisas pequenas, ou, nas pequenas coisas.

Assim quando alguém que não tem tal entendimento, quando atingido por algo pequeno e negativo que causa estragos desproporcionais, tal alguém fica como quem não compreende, não entende, não aceita. Coisa grandes negativas quando nos atingem nos provocam lágrimas superficiais; quando o prazer das pequenas coisas nos são tirado, há lágrimas de morte, afinal, foi nos tirado o prazer da vida, é lógico como numa equação o desejo de se ausentar da vida, dar cabo dela. Foi-se o prazer de ver aquela carinha, aquele sorriso, aqueles olhinhos, aquele jeitinho... Se foi-se tal prazer, pra onde iremos senão para o abismo da angúsita e da dor?

Mas sei também que como é trágico um tisuname causado por uma pequena coisa, é grandioso o recomeçar.

A vida tem esse mistério, e talvez uma das coisas mais belas deixadas por ela é o "recomeçar". Uma nova chance, chance à vida novamente.

E para quem entende que as coisas belas são pequenas, não fica difícil recomeçar, e o caminho não fica tão escuro assim.

Deixemos de lado a magia investida nas grandes coisas, busquemos aquilo que é essencial ao coração. Busquemos o prazer das pequenas coisas.

sexta-feira, 29 de maio de 2009



Por vezes eu quase chego a acreditar
Que todos são felizes
Olha só a imagem do casal 20
Ouça só a mensagem aos ouvintes

Por vezes eu quase chego a duvidar
Que sou feliz
Olhe só meu dia se definhar
Olhe só aquele dia não chegar

Por vezes eu quase chego a acreditar
Que a gente deve ser assim
Veja só o sorriso de propaganda
Veja o corpinho que sempre engana

Por vezes eu quase chego a acreditar
Mas infelizmente não dá
Olhe só por detrás das janelas
Aquelas lágrimas que verdades revelam

Por vezes eu quase chego a me enganar
Mas infelizmente, mesmo, não dá
Olha lá a infelicidade deitada ao lado
Olha lá a solidão de quem dorme acordado

Por vezes eu quase chego a acreditar
É isso que dá
Teatro nas ruas da cidade
Pra que tanta falsidade?

Mas não é de impressionar?
Quanta arte, quanta beleza...!
Quase chego a acreditar...
Mas me perdoem, não dá!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

ASSIM ESQUEÇO-ME DE MIM


Você é a mulher que se fez bondade de Deus nesses dias de existência. Sei que vou te esquecer devido a falta do teu calor, da tua pele, do teu rosto recostado no meu, enfim, devido à distância, não geográfica, mas essencial entre nós. Mas vou me lembrar que você passou pela minha vida,como água a jorrar da fonte, como sabor agradável ao paladar. Você que surgiu do nada e assim também se vai. Não vai dar para não te esquecer. Penso que a gente só se esquece de quem nos faz bem, e sente-se em paz com tal esquecimento; o que a gente não esquece é de gente que nos fez mal, desses ninguém consegue esquecer. Mas de você vou me esquecer como quem acorda após o sonho mais doce, mais belo... Não vai ter como te guardar na memória; você é muito mais do que eu poderia ter, ou pensar em ter, por isso, vou te esquecer para não adoecer, para que sua imagem não fique fixa em mim e assim não possa mais viver ou sair do meu lugar. Vou me entregar a outra ou a outras mulheres, mas não serei mais eu; te esquecerei para sempre, e também esquecerei de mim. Esquecerei que um dia tive a mim com você; em você tive a mim. Mas agora sem você aqui também me esquecerei, pois, de mim é que não quero lembrar. Me mataria a alma olhar para trás e ver como era o meu sorriso ao seu lado; me corroeria os ossos olhando o semblante de paz estampado no rosto quando estava com você; me secaria a pele à carne vendo que para você eu me dava sem querer nada em troca, apenas me doava e isso era meu maior presente, minha maior gratidão. Não! Não vou querer me lembrar dessas coisas, vou te esquecer, assim também me esqueço que um dia fui eu mesmo, de graça, em graça, pela graça de te ver, te ter bem perto ao alcance dos braços. Perdoe-me amada minha, a quem amei sem restrições, sem resguardo, sem reter sequer uma gota de mim; tudo fui para você, tudo tive para você, tudo quis para você, tudo fiz por você, tudo disse por você, tudo entreguei por você e isso foi minha maior alegria. Perdoe-me amor da minha vida! Aqui me despeço de mim! Sem pedir nada, apenas me despeço, pois, vou esquecer de tudo que permitiu-me ser ao seu lado e assim esqueco-me de mim!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

PELA BRISA QUE SE FOI


Quando os ventos não mais soprarem
E as aves dos céus abandonarem o seu vôo
Por lhes faltar a calma do vento sob as asas
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa

Quando as praças ficarem vazias
E as folhas secas das árvores invadirem
O lugar por onde andavam seus pés
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa

Quando os tetos se desfizerem
E a tempestade desaguar em furor
E as águas armarem poças por onde essentavas
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa

Quando os sons se calarem
E tudo silenciar meus gritos
E onde havia a sua voz não houver nem mesmo um sussuro
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa

Quando eu esperar o amanhã
E o hoje não me der outra saída
E nele sentir que o tempo não passa
Estarei aqui, ainda sob o soprar de uma suave brisa

Quando essa brisa se acabar
E não restar mais nada então
Que me possa manter aqui
Então irei, pela brisa que se foi

MEU AMIGO, ALGUMA COISA ESTÁ MUDANDO

Alguma coisa está mudando meu amigo E não sei bem o que é Mas se lembra quando tudo apenas se repetia Então mudanças já são boas...