terça-feira, 22 de março de 2011

PERDI AS ESTRIBEIRAS

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Hoje perdi as estribeiras,

a calma,

a atitude serena

 

Fui logo me enchendo de mágoas

(se é que já não estava cheio delas),

estiquei as canelas, 

preparei o sapato, foi um bicudo no ato

num portão de lata, aparentemente fechado

provavelmente  trancado

 

Hoje perdi a singeleza,

ganhei a tristeza e um pé machucado.

Matei-me na raiva,

perdi a alma e ganhei uma dor.

 

Dessa vez não pôde ser apenas dor subjetiva,

aquela que as vezes se torna até tranquila

e de repente parece um viciozinho de querer doer.

 

A dor também foi no osso

devido o coração desse moço

não ter conseguido dizer a você:

 

Queria trazer-lhe ao presente

o presente de te dar o melhor de mim,

mas as vezes esse melhor custa dinheiro

e me sinto beirando o desespero envergonhado por inteiro

por ser vendido tão barato assim.

 

Tento disfarçar o desajeito,

é que sem graça desse jeito

é difícil dizer que a situação está ruim.

 

Você sorrindo exuberantemente,

inteiramente contente

e eu sem um tostão de dim-dim.

 

Se preciso for eu roubo numa farmácia,

numa padaria ou algo assim,

é que nunca fui malandro, não sei ser ladrão de banco,

na verdade pouco sei cuidar de mim.

 

Mas te daria tudo que pudesse

pra manter seu sorriso contínuo,

seu olhar sempiterno,

seu coração descansado em mim

MEU AMIGO, ALGUMA COISA ESTÁ MUDANDO

Alguma coisa está mudando meu amigo E não sei bem o que é Mas se lembra quando tudo apenas se repetia Então mudanças já são boas...